CONHEÇA UM POUCO MAIS DE NOSSA MÃE CLARIVIDENTE
14/05/2011 10:42
TIA NEIVA
Com a aproximação do Terceiro Milênio, surgiu a necessidade de mais uma vez ser feita a integração das raízes capelinas neste planeta.
Um espírito foi preparado, na Espiritualidade Maior, para trazer à Terra a Doutrina de Pai Seta Branca, após experiência de muitos milênios, portando a força dos Equitumans, a ciência dos Tumuchy e tendo como principal missão a reunião dos Jaguares e a criação da figura inovadora do Doutrinador, manipulando as forças projetadas pela Corrente Indiana do Espaço e pelas Correntes Brancas do Oriente Maior.
Tendo reencarnado em diversas épocas com papéis preponderantes em suas épocas, como, por exemplo, Pytia, Cleópatra e Natasha, esse espírito conhecido no mundo espiritual como Koatay 108, portador de 108 mantras de forças, seria, durante esta missão de implantação da Doutrina do Amanhecer na Terra, conhecido como Tia Neiva. Nesta jornada, seria ainda homenageada pela Espiritualidade Maior com o título Agla (*).
Reencarna no sertão brasileiro, em Propriá, Sergipe, como uma menina que se chamou Neiva, nascida a 30 de outubro de 1925 e que desencarnou em Brasília, DF, no dia 15 de novembro de 1985, já tendo cumprido sua jornada em meio a muitas dificuldades e grandes realizações.
Em 1949, com 22 anos e quatro filhos, Neiva ficou viúva e teve que buscar seu sustento. Começou sua vida profissional em Ceres, onde montou o Foto Neiva, tirando retratos e vendendo material fotográfico, mas teve que desistir, por recomendação médica. Com sua forte personalidade, ela não se deixou abater. Comprou um caminhão e tirou habilitação profissional, a primeira concedida a uma mulher no Brasil, e começou a transportar cargas por todo o país.
Sua filha Carmem Lúcia relembra, saudosa, essa época: Nossa vida era muito boa! Tudo, ao lado de mamãe, era divertido. Parecia até que o caminhão escolhia o lugar certo para quebrar alguma peça ou furar o pneu. Se era perto de um rio, nós descíamos para tomar banho e brincar, enquanto ela preparava alguma coisa para a gente comer. De vez em quando, ela tirava o violão da sacola e começava a tocar...
Sempre em lutas e preocupações permanentes – os pais, que não aceitavam aquela estranha profissão para uma mulher; os sogros argentinos, que queriam a guarda dos dois seus filhos meninos; os estudos das crianças, etc. – Neiva saiu de Ceres e fez verdadeira peregrinação por outros lugares: Uberlândia (MG), Barretos (SP), Paranavaí (PR) e Itumbiara (GO).
Em 1957, fixou-se em Goiânia (GO), e passou a dirigir ônibus, porém mantendo seus caminhões em serviço. Nesse mesmo ano, com a oportunidade da construção da nova capital – Brasília -, Neiva mudou-se com a família para o Núcleo Bandeirante, ponto inicial das obras da nova cidade, trabalhando com caminhões na NOVACAP.
Estava com 32 anos quando sua mediunidade se abriu, revelando-se sua clarividência. Durante mais um tempo, Neiva via e ouvia os espíritos e podia prever o futuro e revelar o passado das pessoas, o que a deixava desesperada por ter tido uma formação familiar rigorosamente católica.
Sua trajetória, então, passou por penosa adaptação para aceitação de sua missão.
O potencial de Tia Neiva não pode ser resumido na clarividência, pois ela foi dotada de mediunidade universal, isto é, possuía todos os tipos de mediunidade, qualidade peculiar de um ser Iluminado, pois, segundo a Lei dos Grandes Iniciados, somente um Iluminado pode iniciar alguém.
Essa condição permitiu que, dentro de modesta e simples condições, Tia Neiva vivesse e agisse, simultaneamente, em vários planos existenciais com plena consciência em cada um desses planos, visualizando o passado ou o futuro, traduzindo suas visões em termos coerentes e racionais.
Podia ver e conversar com seres de outras dimensões e de planos inferiores ou superiores, realizava transportes e desdobramentos, o que permitiu que fizesse um curso no Tibete, com o Mestre Humarram, sem que seu corpo físico de deslocasse do Vale do Amanhecer.
Em 1958 deixou o Núcleo Bandeirante, onde começara sua missão espiritualista, e junto com seus filhos Gilberto, Carmem Lúcia, Vera Lúcia e Raul, e mais cinco famílias espíritas, fundou, em 8 de novembro de 1959, a União Espiritualista Seta Branca - UESB, na Serra do Ouro, próximo a Alexânia, Goiás, dando início à missão que recebera de Pai Seta Branca. Em um rústico templo iniciático, pacientes eram atendidos pelos médiuns que ali residiam, em construções de madeira e palha. Tia Neiva mantinha ali, também, um hospital e um orfanato com cerca de oitenta crianças. Plantavam, faziam farinha para vender, pegavam fretes, e tudo era válido para ajudar na manutenção do grupo.
Em 9 de novembro de 1959, Tia Neiva ingressou na Alta Magia de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em 1964 mudou-se para Taguatinga, onde funcionou a Ordem Espiritualista Cristã, e sendo Tia Neiva mais uma vez internada por causa da tuberculose.
Após trabalhosa busca para encontrar o local certo para se fixar, Tia Neiva e seu grupo chegaram a Planaltina, DF, em 9 de novembro de 1969, onde fundou o atual Vale do Amanhecer.
Pela Doutrina, Tia Neiva implantou a importante conduta doutrinária em seus médiuns, capacitando-os ao atendimento sob a ação das forças iniciáticas, sem precisar da manifestação dos pacientes, que não precisam revelar quem são, o que fazem ou de onde vêm.
Vivificando o Evangelho de Jesus, simples e humana, foi Tia Neiva uma grande mãe para todos nós, sempre nos tratando com amor e carinho, compreensão e tolerância, suavemente nos impondo o respeito e a obediência a ela devidos como líder de uma Corrente cuja grandeza e limites não podemos alcançar.
Sua vida, suas dificuldades, seu sofrimento, sua Doutrina, de tudo consta uma grande parte nos diversos trabalhos editados pelas Obras Sociais da Ordem Espiritualista Cristã, atual entidade que administra o Vale do Amanhecer - “Sob os Olhos da Clarividente”, “2000 - A Conjunção de Dois Planos” e “Minha Vida, Meus Amores”.
No Evangelho de João (XIV, 12 a 17 e 26), nos é transmitida a palavra de Jesus: Na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai! E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei! Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre: o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós os conheceis, porque habita convosco e estará em vós! (...) Mas aquele Consolador - o Espírito Santo – que o Pai enviará em nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito!
Na Doutrina do Amanhecer, sabemos que somos espíritos imortais, dotados de livre arbítrio e da consciência de nossas missões, trazendo em nosso espírito as marcas das vivências em diversos mundos, em diferentes épocas, buscando o nosso desenvolvimento para que melhor possamos manipular as forças que nos competem, agindo na Lei do Auxílio em benefício de nossos irmãos encarnados e desencarnados, aliviando nosso carma pela Lei de Causa e Efeito, procurando a afinidade com nossos irmãos evoluídos e a harmonia com os Espíritos de Luz, através da busca do conhecimento e aprimoramento de nossa conduta doutrinária.
E tudo isso devemos à nossa Mãe Clarividente, Tia Neiva, Koatay 108, que representa, para nós, aquele ESPÍRITO DA VERDADE, porque nos trouxe uma nova esperança, através desta Doutrina que nos libertou de dogmas religiosos e superstições, fazendo, em nossas mentes, a substituição de velhos ensinamentos, que exigiam a fé cega e desprezavam a razão, por noções simples e claras, com bases científicas, com idéias diretas e profundas que nos permitem entender o Universo que nos cerca, buscando o precioso veio da verdade nas diferentes correntes, religiões, seitas e filosofias, onde podemos buscar as grandes linhas trazidas de Capela, nos harmonizando e conciliando a Fé e a Ciência que nos impulsam para a Nova Era.
Tia Neiva era portadora de 108 mantras, forças de origem extra-cósmica, que implantou nos trabalhos do Amanhecer. 108 é um número cabalístico. Temos, no budismo, 108 imperfeições humanas; são, no hinduísmo, 108 os nomes do deus Krishna; na China, a astrologia nomeia 108 estrelas sagradas. Quando da energização da Estrela Candente, no Vale, Tia Neiva preparou 108 portais de desintegração, um em cada esquife, para as passagens dos espíritos trabalhados no ritual.
Em mensagem de 9 de abril de 1978, Tia Neiva nos disse: “... É somente pela força do Jaguar, nesta Doutrina do Amanhecer, e na dedicação constante de nossas vidas, por amor, que podemos manipular as energias e transformar o ódio, a calúnia e a inveja em amor e humildade, nos corações que, doentes de espírito, permanecem no erro. Quantos de perdem por falta de conhecimento e por não terem a sua lei. Nós temos a nossa Lei, que é o amor e o espírito da verdade! Vamos amar, e na simplicidade de nosso coração, distribuir tudo o que recebermos, na Lei do Auxílio, aos nossos semelhantes...” Fazemos aqui apenas este registro singelo, como uma pequena homenagem a este grandioso espírito.
“Jesus! No descortinar desta missão, sinto renascer o espírito da verdade na missão que me foi confiada: o Doutrinador!
É por ele, e a bem dele, que venho, nesta bendita hora, Te entregar os meus olhos.
Lembra-Te, Senhor, de protegê-los até que eu, se por vaidade, negar o Teu santo nome, mistificar a minha clarividência, usar as minhas forças mediúnicas para o Mal, tentar escravizar os sentimentos dos que me cercam ou quando, desesperados, me procurarem. Serei sábia, porque viverás em mim!”
Tia Neiva, Juramento, 1.5.58)
“Naquela tarde, mais do que nunca, um misto de sonho e de realidade, uma coisa esquisita, parecia comprimir-se na minha cabeça.
Saí caminhando, fui até o meu tronco no pique da serra. Visitei todos do pequeno grupo.
Comecei a pensar que aquela coisa estranha fosse um aviso, uma mensagem, que alguém do além me tivesse avisando.
Sim, realmente era uma mensagem. Mais do que uma mensagem, recebi MAYANTE, o rico mantra de abertura, que tanto se afirmou em todo o meu ser, fazendo-me encontrar comigo mesma, harmonizando o meu SOL INTERIOR.
Porém, não ficou somente nesta tarde. Dali parti e fui decidir, com amor, a minha vida, no quadro sentimental emocional. A partir dali, fui, fisicamente, seguindo o meu destino e fui, decidida, na continuação do meu sacerdócio e de minha missão.
Era 9 de novembro de 1959.” (Tia Neiva)
Até aquele momento eu era alguém de difícil entendimento, para com os outros e para comigo mesmo. Talvez a dor provocada pelo drástico desenlace na minha vida. Meus tumultos não cessavam nunca. Sempre me sentia como um rio que transborda do seu leito e vai extravasando, empurrando a margem, derrubando as paisagens, profetizando desavenças, dúvidas e afirmando, também, o ESPÍRITO DA VERDADE.
Porém, derrubando por terra, levando à dor pela visão transtornada. Tudo que estava escrito, tudo que saia de mim, tinha esse tumulto errado.
A minha insegurança ou falta de amor me fazia perigosa, indesejada, pelas constantes revelações trágicas que faziam sofrer a mim e aos outros. Essa tristeza revelava melancolia e essa coisa esquisita que se vinha comprimindo dentro de minha mente atormentada, dizia, também, que já era tempo de mudar o caminho.
Resolvi, então, partir para o meu objetivo, sentir, realmente o CANTO que do céu me chegava aos ouvidos. Obedeci meu pai SIMIROMBA, rumei aos montes do TIBETE, onde ouvi o primeiro CANTO UNIVERSAL do velho incansável HUMARRAN, mestre querido, que no seu aposento em LHASSA, me deu o que eu jamais pensei em receber: Me ensinou a viagem para estar com ele, me ensinou o sentido comum da vida fora da matéria. Em suma, tirou a seqüela que me fazia amaldiçoar a vida obscura e dolorosa.
Era primeiro de Janeiro de 1960!” (Tia Neiva)
“Ó, meu Pai Seta Branca! Fizeste-me eterna em dois planos! Tal foi o Teu prazer. meu Pai. Esta vida frágil, que se esvazia a todo momento no entanto, manténs com amor e paz. Soprando-me, fizeste-me espalhar melodias eternamente novas. As Tuas mãos no meu pequeno coração, sem esquecer os limites da alegria, ensinaram-me esta melodia universal!...
Sei que meu canto Te dá prazer, meu Pai, e só poderei aqui permanecer pelo Teu amor, até que, um dia, termine esta missão e enquanto Teus dons infinitos se manifestarem através de minhas mãos.
Quando me ordenas, meu coração parece que vai arrebentar de orgulho! Olho para o Teu rosto e os meus olhos se enchem de lágrimas...
Tudo o que é bom espero em minha vida, pedindo a Deus por tudo que vem desta missão.
Abençoado sejas, meu Pai, por este sacerdócio que me destes. Sua bênção!” (Tia Neiva, Infusão, 18.5.78)
“Jesus! Eu mergulho fundo no abismo do oceano em forma de espaço para obter pérolas perfeitas para enfeitar aqueles que passaram o tempo de brincar.
Então, sabendo que um olhar lá do Céu azul me internará em silêncio, quando eu abandonar o leme sei que é chegada a hora e alguém me substituirá em meu posto, e o que resta fazer destas pérolas será feito instantaneamente.
Como é perfeita esta luta! Então, não sairei mais, de porto em porto, neste barco estragado pelos temporais.
E agora anseio por morrer dentro do que não morre!
Eu modularei, a meu ver, as minhas notas no eterno... nas pracinhas... nos albergues... onde for meu!
Soluçarei ao revelar o meu último segredo.
Mais uma vez depositarei meu som silencioso aos pés dos que me levam de porta em porta, fazendo eu me encontrar comigo.
Todas as lições que aprendi! Eles me mostraram os caminhos secretos e puseram diante de meus olhos infinitas estrelas...
Eles me guiam durante o dia inteiro pelos mistérios dos carmas nos prazeres e na dor. E, por fim, me envolveram nos caminhos da Doutrina e me fizeram Mãe, em Cristo Jesus, do Doutrinador e me ensinaram o canto imortal e me fizeram amor!...
Como a nuvem chuvosa do inverno, que se arqueia toda sob seu aguaceiro, deixe, Jesus, que todo o meu espírito se incline de porta em porta, numa única saudação: o Doutrinador!” (Tia Neiva, Infusão, 18.5.78)
“Ficava calada quando me perguntavam onde eu ia.
Ouvindo o praguejar daqueles que outrora me amavam, sentia imensamente a perda que estava havendo. Porém, chorar, chorar, somente era o que me vinha quando todos me acusavam de fanática, ignorando o meu drama, e eu sem nada poder dizer...
De Deus, não foi dado ao Homem criar. Foi dado, apenas, crescer!
E, sozinha, me ponho a cismar, para que novas luzes venham a surgir, sempre pensando: Por que tantos conflitos? Por que tantas divergências, se tudo já está escrito, se sabemos que só o amor nos dá força e equilíbrio?
Amando, minha alma irá longe, além do infinito, sem véu, sem grinalda e sem tempo, longe dos mundos aflitos... Viajei, muito viajei, para aos meus amores voltar. Caminhando, sempre caminhando, novas ilusões, novos destinos, porém tudo, sem criar, aumentei com amor!
Por fim, um lindo rosário de salmos foi tudo o que formei.
Os meus amores voltaram, o meu caminho retornei...” (Tia Neiva, 25.6.78)
“Quantas coisas que eu guardo em segredo, Mil tragédias pelo ar vão se afastando,
Quantas coisas que eu não posso revelar. Novos caminhos na Magia vou traçando.
Dizer claramente o que vejo, Salve Deus! Minha missão, meu caminho...
Impossível, preciso sempre ocultar O que vejo, o que revelo
E dentro de mim vão se afogando E o que não posso ocultar...
As canções, os amores, as ilusões... A dor enriquece a alma,
Os prazeres nos ajudam a gostar!...”
(Tia Neiva, Meu Retrato, 1978)
“Ó, Jesus! Alguma coisa parecia estar me impulsionando para que eu sentisse o desejo de assumir um lugar diferente daquele que eu ocupava. Era um novo rumo para a minha jornada. Estava cansada... Como?
Teria, então, mais e mais... tudo aquilo era pouco.
Eu, o burrinho, estava leve. Seria isto, então? Até aquele momento eu era alguém de difícil entendimento, para com os outros e para comigo mesmo.
Cansada, dormi debaixo de um pequizeiro. E, então, me transportei até o Tibete e, como sempre, fui ter com ele - Humarram!
Estava em frente a ele, não tinha dúvidas.
- Ó, meu querido Mestre!... Não sei se devo te chamar assim.
- Sim, minha pequena Natacha. Porém, antes, deves entregar teus olhos a Deus!
Levei os olhos para uma pequena janela, onde se via a luz do sol de uma tarde e disse:
- Jesus, arranque os meus olhos, se tudo for mentira!
E continuei com meu mestre:
- Tens uma vida simples e dolorosa. Se fosse eu, não suportaria.
- E como!... Dolorosa, porém embebida de lágrimas santificantes do dever, da vida em luta, de renúncia sublime. Natacha, no mais íntimo do ser humano, que é o plexo, existem energias latentes, forças poderosas que não são exploradas senão excepcionalmente. Com a intervenção destas forças, podem ser curadas doenças do corpo e do caráter, digo, doenças físicas e morais.
Que movimento misterioso, que me surpreende...
- Tudo deve ser silenciosamente, pelos movimentos psíquicos de cada faculdade mediúnica. Esta, uma vez desenvolvida, nos permite modificarmos nossa natureza, vencer todos os obstáculos, dominar a matéria e até vencer a morte, Natacha!
- Me chame Neiva - disse eu - gosto do meu nome.
- O princípio superior de todos os missionários é o trabalho. Sua ação será comparada a um ímã. Terás que viver, atraindo novos recursos vitais. Terás, também o segredo da evolução, das transformações de vidas, cujo princípio não está na matéria, mas sim, na própria vontade. Esta ação se estende tanto no mundo etérico como no físico, matéria. Tudo, filha, pode ser realizado no domínio psíquico, pelo amor, na ação da vontade, na Lei do Auxílio, princípio superior de todas as coisas. A potência da vontade de quem busca, honestamente, servir aos seus irmãos, não tem limites. E, quando dormimos, cansados, pensando, pensando com amor, servir alguém, nós nos transportamos e saímos pelos planos espirituais em seu socorro. A natureza inteira produz fenômenos, metamorfoses. Quando conheceres a extensão deste fenômeno, seus recursos, dentro de si mesma, deixarás o mundo deslumbrado...
- Meus caminhos!... Minha liberdade!...” - disse quase chorando.
- Neiva, o que chamamos de liberdade?... Se existe em ti a mais poderosa fonte de energia, que pode arrebentar as mais fortes cadeias dos domínios psíquicos!
Segurou meus braços e uma sensação de força se introduziu em todos os meus movimentos. Senti-me forte e preparada para o combate. A cabeça um pouco dolorida, voltei novamente a luta na busca da sobrevivência.
Despertei com alguém que dizia:
- Neiva, tem aí um colega seu, querendo te ver. Diz se chamar Guido.
- Oh, meu Deus! Gemi e tudo o que saía de minha cabeça, do meu cérebro, tinha um tumulto diferente, de pensamentos desiguais.”
(Tia Neiva, 14.10.80 - ESCRITA EM 16 DE JUNHO DE 1979)
“Salve Deus! Ó, Jesus, Deus é espírito e eu a sua divina imagem! Sou sábia, pois expresso a sabedoria da mente infinita e tenho conhecimento de todas as coisas. Eu sou a vida, a saúde, e sou encarnada! Ó, bom Deus! Caminho há centenas de anos para te encontrar... Subi as cordilheiras e desci às planícies macedônicas... Enfrentei o verde Peloponeso... Unifiquei as forças e me fiz amor em Cristo Jesus!
Hoje, sou física novamente. Me expresso através do Homem Jaguar, que ainda geme e chora pelo pão de cada dia, pelo progresso de nossas vidas materiais, para que possamos servir sem preocupações de nossas obrigações, neste mundo físico, em Deus Pai Todo Poderoso.” (Tia Neiva, 25.10.80
“1958, 1959, 1960!.. Eu me ajoelhei todos os anos, e pedi a Jesus que arrancasse os meus olhos no dia em que eu deixasse de amar...
Que Jesus arrancasse os meus olhos no dia em que eu dissesse alguma coisa que não fosse verdadeira, por vaidade ou por qualquer pretensão”
(Tia Neiva, aula de 21.12.80)
“Pondera o chão dos teus pés e verás que todos os teus caminhos serão retos porque, filho, a nossa lista é longa e, por cima dela, estamos a apagar os nossos rastros.
Confio em vós outros na evolução desta Corrente, porque o Pai Seta Branca não segurou minha mão, mesmo nos primeiros passos de minha vida iniciática.
Os fenômenos, somente, não nos esclarecem, pelo contrário, nos trazem conflitos. Só tomamos conta de nós nas coisas que caem em nossa individualidade, que remoemos junto ao coração.
Vou contar a ti como tudo começou dentro de mim.
Sim, filho, a minha personalidade marcante, científica, não me dava trégua. Vivia a comparar se tudo ou todas aquelas visões não passavam de uma estafa absurda.
Eu estava com o caminhão, conversando com o Dr. Saião. Ele ventilou a hipótese de ir a um psiquiatra. Tudo muito bem. Saí dali conformada, que tudo era de minha cabeça. O Dr. Saião me tinha como uma filha e compreendia o meu conflito, também desconhecido para ele.
Passando pela vila do IAPI entrei. Era um acampamento de hospital de socorro. Depois de grande custo, me sentei em frente do cientista e fui me expondo, contando tudo que se passava comigo.
Sentia que alguém vinha nos perturbar. Realmente, alguém chegou em minhas costas. Era o pai do psiquiatra que havia morrido há sessenta e dois dias.
Comecei a ficar com a voz ofegante. Aquela situação me oprimia, como explicar o que eu estava sentindo ao jovem médico? Comecei a fazer mímicas, apontando como polegar o lugar onde o mortinho estava, ao meu lado.
Ele apenas dizia:
- Não é nada, não é nada!
Porém, quando eu fazia menção de me levantar, eu notava que ele se resguardava com medo. E o mortinho insistia:
- Diga, diga, que eu sou Juca, o seu pai! Diga!
- Nada! - disse eu alto - Nada! Chega de vocês, figurinhas, me colocarem em ridículo!
O médico disse, alto:
- Quietinha, quietinha!
Fiquei quieta e começamos novamente.
- Quantos anos tem?- perguntou.
- Tenho... vou fazer 34 anos!
De repente, o mortinho voltou e eu lhe disse:
- Olha, doutor, tem um mortinho que se diz chamar Juca e é o seu pai e que tem 62 dias que morreu.
Foi, então, que tive a maior prova. O médico se levantou quase gritando:
- É realmente meu pai! Meu adorado paizinho!
Quebrei a porta do escritório, não sei como! E saí dali pior do que cheguei. O fenômeno tão real e não me servia!
Já na minha casa, chorava, sem esperanças. Mais ou menos três dias depois, fui trabalhar.
Peguei o caminhão e fui descendo a primeira avenida. Senti que havia atropelado alguém. Um guarda que estava ali perto chegou, dizendo, logo que eu falei o que se passava comigo:
- Procura um terreiro, morena.
Conflito, conflito... Desci até o bar do japonês e resolvi levar o carro e não trabalhar mais. Fiquei na porta do bar, que era também, posto.
Em frente ao estacionamento de uma empresa de ônibus, algumas pessoas esperavam o carro para partir para diversos lugares.
Nisto, eu vi na cabeça de um jovem, de mais ou menos vinte e seis anos, como uma imagem de televisão, uma mulher de vestido branco de bolas vermelhas e que se movimentava, fechando uma sombrinha azul escura. Vi os dois se beijando, porém o jovem embaixo deste quadro não se movimentava.
Alguns segundos depois, eu vi a mulher virando uma esquina. Sim, ela chegou e fechou a sobrinha e os dois se beijaram. Sim, vi detalhe por detalhe... Nisto, uma voz soprou em meu ouvido:
- Tens o poder de prever o futuro e o presente!
De repente, enquanto os dois estavam, vi o ônibus chegando, vi os dois entrando, e vi o ônibus tombando e vi seis mortos, inclusive a mulher do vestido de bolinhas!
Era claro que iriam morrer! A curva era ali perto! Não deixarei!
E assim, pensando em salvá-los, segurei no braço do jovem e puxei-o para dentro do bar. A mulher veio encima de mim, me descompondo e eu me limitava apenas a dizer:
- Quero salvar vocês!
Porém, era pior. Nisto, o ônibus chegou e partiu. Nem o vi, apenas me defendia. Nisto o Japão e sua esposa vieram ao meu encontro e eu disse o que tinha acontecido comigo e o que vira. Porém, a curva era ali perto e logo tudo terminou.
Enquanto ela me descompunha por ciúmes de mim, eu, imersa em meus pensamentos, pensava: será verdade? Como terminará tudo isto, meu Deus?
Logo ouvimos o barulho. O ônibus tombara, matando quatro pessoas. Foi o pior espetáculo. Gritos, correria... E o casal japonês... Todos, agradecimento... Porém, eu não sabia o que me ia na alma.
Somente uma coisa: Conheço o presente, o passado e posso evitar o futuro, se Deus permitir. Saí dali sem saber. Caminhava só, somente só.
Pensava: - Adeus, minha mocidade... Porém, seja o que Deus quiser!
Apesar das pessoas me assediarem com pedidos, me aborrecerem... Porém, de uma coisa eu estava certa: Pisava ponderadamente no chão e tinha dentro de mim a individualidade. O meu raciocínio descobriu o que significava a minha missão.
Sim, filho, devagar chegamos na nossa realidade.” (Tia Neiva, 23.5.81)
“Meus filhos, Salve Deus! Eu vivo o meu sacerdócio e quero que assim vocês também. Nossa vida é uma vida de amor, de tolerância, de muita tolerância, muita humildade, humildade daquele que é humilde sem ser humilhado, sem ser pequenino como vocês pensam!...
Meus filhos, temos tanta coisa boa neste sacerdócio... Vivemos uma vida em Deus Pai Todo Poderoso e, a cada dia, ficamos mais integrados, mais conhecidos por todo este Universo, porque temos uma missão diferente.
Eu, sua Mãe singular, Mãe em Cristo Jesus, os amo tanto! Se vocês têm o mesmo amor por mim, devem se preocupar com esse sacerdócio, levar o pensamento às coisas boas!... Vamos amar as coisas feias, coisas de que ninguém gosta, como um velhinho cheio de dores, seus anseios... Busquem amar as coisas de que vocês nunca gostaram – os desajustes de família e as coisas diferentes.
Vocês têm que colocar tudo no coração, têm que saber se dividir. O sacerdócio é algo muito diferente, e vamos ver se conseguem seguir esta caminhada longa que eu estou dando.”
(Tia Neiva, 1º de maio de 1984 – “Mensagem ao Povo de Vila Velha, ES”)
PALAVRAS MARCANTES DE TIA NEIVA:
Deixe que a luminosidade divina ilumine o teu ser!... Feche os olhos físicos e abra os olhos do espírito, para que Jesus possa entrar...
Cada criatura recebe de acordo com o que merece!
O equilíbrio moral é o princípio e o poder de todas as coisas.
Nada na vida acontece sem o despertar de um poder!
Quando temos a missão de enxugar as lágrimas dos outros, não temos tempo para enxugar as nossas...
No ciclo iniciático da Vida, ninguém é de ninguém... Na missão, no destino, alguém se liga a alguém.
Não peço disciplina, porém harmonia e dedicação do espírito espartano que sabe marchar para a Vida e para a Morte com o mesmo esclarecimento do espírito da Verdade!
O chakra da Vida exige o equilíbrio da matéria. Sendo assim, os nossos Mentores se preocupam com nossas profissões e negócios, na medida do possível.
Somos uma máquina a sermos burilados pelos nossos próprios destinos.
Somente o Amor nos guia e nos testa a todos os instantes de nossas vidas cármicas.
Sofremos o impacto da Vida e da Morte.
Cada espírito se identifica na individualidade que o sustenta com seus fluídos.
O Homem sempre sabe o que tem ao seu redor.
No Homem se acentua uma complexidade de coisas, efeitos incomparáveis, porém o mais terrível de todos é a vibração de pessoas irrealizadas.
Cada indivíduo imprime certa modificação à sua aura, de conformidade, também, com suas necessidades de como ou onde vai reencarnar.
A alma humana é o produto da evolução da força através do reino de sua natureza.
O mundo é um hospital onde a cura é a própria desobsessão.
Cada indivíduo é um cenário diferente, porque age na sua individualidade.
Cada aparelho sensitivo recebe a transmissão e transmite ao cérebro, que é o órgão da inteligência, a impressão de uma certa ordem de fenômenos.
O espírito que soube escolher sua mãe material tem mais condições, mais facilidade de se evoluir, porque toda evolução é amor!
A sede do Amor está na alma.
Só tomamos conta de nós nas coisas que caem em nossa individualidade, que remoemos junto ao coração.
Toda obra humana, toda, sem exceção, cria no espírito a imagem do pensamento e só depois se materializa.
Quanto mais evoluído o espírito, mais poderoso se torna o seu pensamento criador.
A aura capta as forças pela ternura dos seus bons pensamentos.
Há uma lei imutável, que nos cobra ceitil por ceitil!
Decepcionar os outros é o mesmo que assassinar, matar as ilusões, os sentimentos dos que acreditam em nós!
Quando chego no Templo ou nas horas de trabalho, esqueço de Neiva e passo a viver somente Tia Neiva.
Só conhecemos que estamos evoluídos quando não estamos nos preocupando com os erros dos nossos vizinhos!
A mente enferma produz o constante desequilíbrio.
Amor tem três fases: o Amor Espiritual; o Amor Condicional, isto é, o amor equilibrado por um débito transcendental, amor pelas nossas vítimas do passado; vem, então, o amor construtivo, que é o Amor Incondicional.
O recalque é o sentimento dos que não têm capacidade de assimilar os seus conflitos.
Ser honesto em todos os sentidos! Não se esqueça de que, por mais escondido que esteja, a sua sombra poderá ser vista!...
A nossa responsabilidade é grande demais pelo compromisso que assumimos, nos Planos Espirituais, para sermos o socorro final nesta Nova Era.
Irei sempre às matas frondosas do Xingu, em busca das mais puras energias para o conforto e harmonia da cura do corpo e do espírito e para o desenvolvimento material de vossas vidas...
Não somos políticos. Porém, temos como obrigação obedecer às Leis e cumprir com dignidade o que nos regem os governantes de nossa Nação.
Existe um céu espiritual ao nosso alcance!
Sabemos que nossas vidas são governadas pelos nossos antepassados e que tudo vem do princípio doutrinário que nos rege.
A consciência fecha o ciclo evolutivo da força psíquica sensitiva.
O Homem vive e se alimenta das coisas que Deus criou.
Tenho que guiar esta nave espacial que é a Doutrina do Amanhecer...
Junto a mim, na longa estrada, em direção à porta estreita, está comigo o Doutrinador!
O enigma do mundo tem, agora, um farol que brilha: o Doutrinador!
Com um pouco de reflexão poderás concluir as mensagens e se souberes colocar esta candeia viva nos mais tristes recantos da dor, mais uma vez poderás aliviar e esclarecer os incompreendidos.
O espírito, na Terra, está sempre indeciso entre as solicitações de duas potências: sentimento e razão.
A alma se revela por teu pensamento e, também, pelos teus atos.
Jesus nos coloca como discípulo ao alcance dos Mestres.
Todos nós temos um amor, um grande amor na nossa vida, que diz ser a nossa alma gêmea!
Quando estamos em paz com a gente mesmo, nada nos atinge.
Vamos equilibrar os três reinos de nossa natureza e pagar com amor o que destruímos por não saber amar...
Deus fez o Homem para viver cem anos neste mundo e ser feliz no livre arbítrio.
Assumimos o compromisso de uma encarnação e, juntos, partimos, não só pelas dívidas e reajustes como, também, pelos prazeres que este plano nos oferece.
Estando no espaço e devendo na Terra, nos sentimos desolados e inseguros, porque estamos ligados pelas vibrações contraídas.
A inveja e o ciúme são frutos da insegurança.
Quanto maior for o conhecimento dentro da conduta doutrinária, quanto mais participarem dos trabalhos no Templo, mais confiança vão adquirindo e, assim, a insegurança vai acabando.
Deve ser evitado o excesso de confiança, pensando que nada mais tem a aprender, e cair no feio abismo da vaidade!
Sempre que envergarem seus uniformes, suas indumentárias, devem deixar que a individualidade passe a conduzi-los.
Vamos, mesmo que com esforço, nos tornar prestativos, cuidando de tudo e de todos com atenção e carinho, fazendo com que as pessoas se sintam bem com nossa presença.
É preciso ter muito cuidado para não decepcionarmos os que nos cercam!...
Negar a possibilidade de uma revelação divina, feita em diversos tempos e por diversos modos, é o mesmo que negar a tradição falada e escrita de todos os povos.
A nossa alma sofre a falta do calor místico extra-sensorial que repousa no centro coronário de nosso Sol Interior, nosso plexo.
Pondera o chão sob os teus pés e verás que todos os teus caminhos serão retos!
A nossa pista é longa e, por cima dela, estamos a apagar os nossos rastros...
Confio em vós outros na evolução desta Corrente, porque o Pai Seta Branca não segurou minha mão, nem mesmo nos primeiros passos de minha vida iniciática!
Os fenômenos somente não nos esclarecem. Pelo contrário, nos trazem conflitos...
A língua é o chicote do corpo!
Remontamos séculos, atingindo nossos ensinamentos e nossas heranças transcendentais, porque sabemos que tudo vibra e irradia neste Universo, onde tudo é força, é luz, é vida!...
Só devemos falar quando há alguém que nos ouça e entenda: “Eu sou aquele que fala e cala quando deve.
A vida não perdoa, filho! Morreremos pelo caminho se não nos conscientizarmos, de não soubermos exatamente aquilo que nos pertence. Ver e viver, antes que os sinais da angústia te obriguem, te oferecendo novos olhos, novas perspectivas, te complicando para entender em novas ciências o que há de mais simples: Amor e Deus, esta eterna verdade...
A dor faz o Homem humilde e o amadurece para Deus.
As coisas que desprezamos hoje nos faltarão amanhã.
Seja natural. Ame o que sempre amou e recuse o que sempre recusou.
Se insistires em pensar no mal, na dor e na doença, tu estarás atraindo tudo para ti mesmo.
Ajudes com desprendimento. Não exija agradecimento nem gratidão. Quem ajuda ao próximo está, na realidade, ajudando a si mesmo.
Não se nivele ao caluniador.
Não dê ouvidos a intrigas nem a calúnias. Só a árvore que dá bons frutos é apedrejada por aqueles que não alcançam seus frutos. A árvore que não dá bons frutos, ninguém dá importância a ela...
Deves aprender a ser verdadeiro em tudo: pensamentos, palavras e ações. Entre o Bem e o Mal, o ocultismo não admite transigência. Custe o que custar, é preciso fazer o Bem e evitar o Mal.
A vontade e o sentido moral iniciam tua obra sem a melodia do fracasso.
O escândalo distancia o missionário de sua missão.
Não há consciência sem compromisso, assim como não existe dignidade sem lei.
A fé sem conhecimento do Bem não evolui a mente.
Cria esperança e otimismo, onde estiveres, em favor dos outros, sem pedir remuneração. Auxilia muito, e esperes pouco ou nada.
Raciocínio sem aspereza; sentimento sem preguiça, caridade sem pretensão; conhecimento sem vaidade; cooperação sem exigência; devotamento sem apelo; dignidade sem orgulho; firmeza sem petulância; respeito sem bajulice.
A força mantém este universo regido por leis comuns, naturais, em uma seqüência lógica. Assim, por que complicar no processo coletivo?
Nosso coração só se cura pelo conhecimento.
O Homem, vivendo pelo amor da família, nunca fica infeliz ou aflito por coisas desejáveis ou indesejáveis, criadas pela mente, tornando-se um devoto puro na sua personalidade em Deus. Tudo o que o Homem forja na mente está errado.
Nós não temos um futuro definido porque tudo depende de nós mesmos.
O sexo não é como o álcool, que deteriora os poderes do nosso Sol Interior. Porém, conforme a sua conduta, pode deformar e desmoralizar o destino do missionário.
O Homem, em sua mente deformada, deturpa os fatos e as coisas.
Quando somos acessíveis a todos, emitimos raios de luz e de amor.
Aprenda para melhor ensinar.
Quando o Homem retorna aos planos espirituais, é interrogado para prestar suas contas do tempo vivido na Terra e de suas possibilidades.
A fé é a determinação permanente de pensamentos construtivos.
Tudo o que fizermos com fé e amor atingiremos o objetivo.
Quando estamos confiantes, temos aguçados nossos ouvidos, sensíveis aos fenômenos deste mundo, sinal evidente que não estamos somente virados para nós mesmos. A melhor maneira de conhecer a nossa evolução é quando não passamos desapercebidos das dores alheias. Então, emitimos amor para onde olharmos, sentindo graças por tudo ou pelo pouco que temos.
Cada inteligência se caracteriza pelas atribuições que lhe são próprias. Sentirás que a estrada é longa e que se processa a cada passo, lentamente, pelo chão.
Mente simples é mente fértil.
O corpo físico é, para a alma encarnada, aquilo que a máquina significa para o operário.
Precisas distinguir entre o verdadeiro e o falso. Deves aprender a ser verdadeiro em tudo: pensamentos, palavras e ações.
Antes de culpares o teu vizinho, por que não ser severo contigo mesmo?
Tens tudo para fazer o Bem e o Mal. Se fizeres o Mal, te destruirás. Se fizeres o Bem, crescerás como a rama selvagem.
Alimentar os pobres é uma boa ação. Porém, alimentar as almas é mais nobre e útil do que alimentar os corpos. Quem quer que seja rico pode alimentar os corpos, mas somente os que sorvem o conhecimento espiritual de Deus podem alimentar as almas.
Quem tem conhecimento, tem o dever de ensinar aos outros.
Assim como existe um único Deus, existe uma só Verdade. Como poderás conhecer a Verdade senão na fonte original de vida? A Verdade só se manifesta nos princípios espontâneos e aperfeiçoados.
Nossa vida é uma grande jornada, onde as dificuldades constantemente nos abalam. Filho, continue a lutar, porque só cai aquele que não está seguro em si mesmo. Continue a lutar, filho, certo de uma coisa: só são derrotados os que acreditam na derrota.
Conserve a tua liberdade, respeitando a liberdade dos outros. Não te esqueças, também, que tu és o teu maior valor, a tua maior fortuna. Se estiveres preso por pensamentos negativos, de nada valerão toda a riqueza do mundo, toda a felicidade possível!...
Vamos procurar a afirmação do extra-sensorial e, para obtermos essa segurança, somente aqueles que se dizem nossos inimigos nos impulsionam à verdade, porque, filhos, somente a dor nos redime e nos esclarece do Bem e do Mal.
As obras inspiradas pelo amor aos nossos semelhantes são as que mais pesarão na balança dos nossos corações. Todos somos livres. Ninguém é de ninguém! Temos liberdade para desejar, escolher, fazer ou obter, mas somos, todos, também constrangidos a entrar no resultado de nossas próprias obras.
Se persistes em viver dentro do ontem, é lógico o teu temor pelo amanhã.
Cuidado quando tiveres que dividir o que multiplicaste com amor.
Cada fracasso nos ensina algo que necessitamos aprender.
Existe em cada um de nós uma voz interior que nos alerta sobre o que devemos fazer. Quando agimos Mal, essa voz interior nos repele, nos culpa... Porém, se praticamos o Bem, ela nos aprova e nos torna felizes.
O Homem, quando descobre sua força, usa-a desatinadamente. Porém, passando a conhecê-la, torna-se prudente e preciso.
O princípio superior de todos os missionários é o trabalho.
Tudo pode ser realizado, no domínio psíquico, pelo amor, na ação da vontade, na Lei do Auxílio, princípio superior de todas as coisas. A potência da vontade de quem busca, honestamente, servir aos seus irmãos, não tem limites.
O negativo de hoje será o mal de amanhã.
Cada consciência vive e envolve os próprios pensamentos.
Preserva tua mente do orgulho, pois o orgulho provém somente da ignorância do Homem que não tem conhecimento e pensa ser grande, ter feito esta ou aquela grande coisa.
Se o teu conhecimento for aquilo que deve, pouca dificuldade encontrarás na ação.
A caminho de nossa evolução, e como se não bastassem os nossos carmas, sempre estamos a nos servir dos exemplos alheios.
Na vida nada acontece por acaso. Tudo tem sua explicação, seu motivo, sua causa e sua razão de ser. Ninguém pode aprender somente com o êxito, somente pela felicidade...
Somente no Céu me firmei!
A Ciência e a Fé, distintas em suas forças e reunidas em sua ação, para dar ao espírito do Homem uma regra, que é a razão universal, porque a Ciência que nega a fé em Deus é tão inútil como a Fé que nega a Ciência.
O equilíbrio moral é o princípio e o poder de todas as coisas.
A lei física que nos chama à razão é a mesma que nos conduz a Deus.
Não somos políticos, porém, temos como obrigação obedecer às leis e cumprir, com dignidade, o que nos regem os governantes de nossa Nação.
Concebo que a Verdade se resume em um Deus único Todo Poderoso, que, ao sentirmos Sua visão, acalmamos a alma e as tempestades, que servem para burilar o nosso espírito.
Falamos muito de consciência ou peso de consciência. No entanto, é preciso constância – o que mais falta ao Homem!...
Nossa alma está cheia de amor. Só falta saber empregá-lo. E pensar que o mal progride pela falta do emprego do amor!
Nosso êxito ou fracasso, persistência ou fé, com que consagramos mentalmente o objetivo que devemos alcançar, depende unicamente do equilíbrio de nossa consciência.
Procuras, sempre, a lógica do que te digo. Não raciocines por mim e, sim, pelo que podes acumular.
Deus não trouxe o Homem nesta Terra para sofrer ou levá-lo à miséria. Criou-o para que fosse feliz, dando-lhe a inteligência no livre arbítrio.
Eu mergulho fundo no abismo do oceano em forma do espaço, a obter pérolas perfeitas para enfeitar aqueles que passaram o tempo a brincar.
Aquele que segue somente o caminho da devoção faz, com ele, um círculo vicioso, até se impregnar de superstição.
Procura confortar os infelizes e os incompreendidos, mesmo que eles estejam contra ti.
Na luta franca, mental, podemos muito bem dominar nossas paixões e os nossos desejos...
No domínio de nossa inteligência conseguimos alcançar o que queremos. Não nos expondo ao egoísmo, podemos controlar os nossos sentimentos, sofrendo menos, é claro.
Tudo o que possuímos, pelo que somos realmente responsáveis, é a nossa alma.
Quanto mais elevado o padrão do Homem nestes carreiros terrestres, mais originais e perfeitas vão-se tornando as suas aberturas.
Ninguém gosta de ser servido pelos fracos e infelizes.
O ciúme e a inveja são falta de confiança em nós mesmos.
Pondera o chão aos teus pés, e verás que todos os teus caminhos serão retos.
A tua consciência pura, tão somente, não te livrará da maldade os olhos físicos. É caridade, também dar satisfação do teu comportamento ao teu vizinho, que não conhece a tua consciência.
A vida iniciática-evangélica é força, razão e consciência. Religião é conduta doutrinária na família e em Deus.
Não confunda cultura com sabedoria. A cultura vem de fora para dentro, penetra pelos olhos e ouvidos. A sabedoria, ao contrário, nasce dentro de nós, concentra-se no nosso plexo e se aflora no coração.
Estude a sua própria personalidade, porque de nada valerão todos os conhecimentos do mundo e tudo o que estiver fora de nós, se não conhecermos a nós mesmos.
Conheça-te a ti mesmo para viver a tua consciência e, seguro, ser feliz.
A grandeza de Deus não tem limites.
Não te esqueças da multiplicação do teu coração. Não cresças em ti mesmo. Procura ser pequeno para caber no coração dos demais. Cuida de ti mesmo. O Homem só sabe que está evoluindo quando deixa de se preocupar com os mal feitos do seu vizinho.
A maior virtude é a caridade sofredora.
Cada forma animal representa um instinto particular, uma aptidão ou um vício.
Alguém tem que erguer a voz e clamar bem alto, no meio desta vida sufocante, que a mudança de rota do pensamento é necessária.
Lembra, filho, que toda a minha ambição é querer ficar bem entendida sobre as heranças transcendentais.
Procure o lado bom da vida. Seja otimista, procure subir e espere sempre o melhor. Com o coração esperançoso, teremos todas as coisas nobres que desejamos.
SEMANA DE KOATAY 108 – A partir de outubro de 1998, o Adjunto Cayrã, Mestre Antonio Carlos, com sua esposa e seu povo, organizou uma semana de homenagens a Koatay 108, compreendendo os sete dias precedentes do dia 30, onde eram apresentadas as manifestações de mestres e falanges missionárias, danças ciganas, rap, dança de rua, quadrilhas e diversas outras formas de divertir e mostrar ao povo que assistia, com auxílio de projeções de fotos, o carinho com que guardávamos bem viva a lembrança de nossa querida Mãe Clarividente. Com o desencarne do Adjunto Cayrã, este 2008 ficou entregue à vontade do povo para continuar as já estabelecidas comemorações. E tudo foi feito para que não houvesse solução de continuidade no trabalho já colocado no calendário de festas do Vale. E, graças ao esforço de muitos, neste outubro de 2008 foi realizada uma nova Semana de Koatay 108, com sucesso, embora, na sua abertura, a falta de energia elétrica prejudicou as apresentações. Mas tudo foi superado com amor e dedicação. O Trino Tumarã havia preparado um texto para a abertura mas, pela falta de luz, não foi possível fazer a apresentação, Assim, em respeito àquele esforçado povo, peço permissão e transcrevo, a seguir, aquele texto:
Salve Deus, Mestres e Ninfas deste Amanhecer!
É com grande satisfação que vejo a continuidade da obra do saudoso Mestre Antônio Carlos, representante do Ministro Cayrã, mantendo-se acesa esta chama de homenagear nossa querida Mãe Clarividente, Koatay 108, na comemoração de seu aniversário natalício, no próximo dia 30.
Em mensagem de 9 de abril de 1978, Tia Neiva nos disse: “... É somente pela força do Jaguar, nesta Doutrina do Amanhecer, e na dedicação constante de nossas vidas, por amor, que podemos manipular as energias e transformar o ódio, a calúnia e a inveja em amor e humildade, nos corações que, doentes de espírito, permanecem no erro. Quantos se perdem por falta de conhecimento e por não terem a sua lei. Nós temos a nossa Lei, que é o amor e o espírito da verdade! Vamos amar, e na simplicidade de nosso coração, distribuir tudo o que recebermos, na Lei do Auxílio, aos nossos semelhantes...”
Querida Mãe, sei que nos ouve, que não nos abandonastes, e por isso tenho a certeza de que estás, agora, entre nós!
Saudade! Neste momento fazemos a evocação sublime de tantas horas felizes, com uma nostalgia torturante da convivência que tivemos, quando tu nos destes a esperança de construirmos, em nossos corações, uma verdadeira fé, erguida em suaves e delicadas idéias, que foram crescendo, lentas mas progressivas, nos impregnando profundamente com os conceitos de tolerância, amor e humildade que tão sabiamente soubestes nos ensinar.
Antes de te encontrar, minha alma estava deprimida e angustiada! Hoje, ergo minha mente numa prece silenciosa, e agradeço ao Divino e Amado Mestre Jesus por ter me dado a graça de ter te colocado em meu caminho... Antes perdido numa caminhada sem destino e sem esperança, afligido pelos mistérios do medo e da insegurança, na conturbada existência de quem ainda não despertara para a missão crística, fui acolhido na sombra desta árvore frondosa da tua sabedoria, e aprendi muito desta Doutrina, que me fez desvendar inúmeros mistérios, que me fez sair das trevas e das lutas com fantasmas destruidores.
Comemoramos o dia do teu nascimento, mas temos que comemorar o que foi, na verdade, o dia do nosso renascimento, porque tua missão foi fazer, de cada um de nós, um verdadeiro Jaguar, um espírito que aprendeu a viver e a compartilhar suas responsabilidades.
Nossa grande preocupação é não denegrir teus ensinamentos, nem macular esta Doutrina que, com tanto amor, implantaste em nossas mentes e em nossos corações.
Sempre tive medo do dia em que tivesses que partir. Esse dia chegou! Foi o 15 de novembro de 1985, um dia pesado como tudo que é de mal, mas ao ver-te ali sem a animação da vida, entendi que era um recomeço. Continuavas forte, dedicada, uma mãe amorosa e nós, sim, estávamos enfermos e carentes desse sublime amor que sempre representastes para nós. Morria uma realidade, nascia uma esperança!
E naquele momento de sentimentos e dor, na visão individual de cada um na penumbra do Templo, te dediquei uma pequena despedida:
Salve Deus, querida Mãe! Nesse cruel momento para cada um de nós, nesse punhal que se cravou em nossos corações, quero te agradecer por tudo que fizestes por nós...
Meus Mentores me colocaram diante de ti quando eu vivia difícil momento, um homem em fuga, perdido numa ilha de desespero e angústia, onde o desequilíbrio de minhas emoções era uma constante na colheita de um passado doloroso e a expectativa de um futuro marcado pelas cobranças e difíceis passagens cármicas, fazendo-me um EU solitário, incompleto e perturbado.
E foi, então, que a divina misericórdia de Jesus e de Pai Seta Branca permitiu que eu te encontrasse, fazendo despertar a minha consciência cósmica, transmitindo-me o conhecimento dessa maravilhosa Doutrina do Amanhecer e o teu inesquecível exemplo de amor, tolerância e humildade, que me tornou um Jaguar, impedindo-me de ser um criador de mitos e falsas crenças, o que iria apenas me satisfazer com meu próprio engano e serventia!
Mesmo agora, neste momento em que as forças superiores te arrebatam de nós, sofro a saudade física mas estou confiante em minha crença, este legado que me deixastes...
Creio em ti, porque creio na divindade do amor!
Creio em ti porque me fizestes forte e confiante nas forças divinas e não me deixastes sucumbir no turbilhão dos meus desesperos!
Creio em ti porque fostes a nascente onde brotou o fantástico manancial de minha fé!
Creio em ti porque destes luz às minhas trevas e tuas palavras e exemplos iluminaram, com raro esplendor, a escuridão do meu conhecimento e do meu destino!
Creio em ti, porque soubestes me ensinar a festejar a vida e amar a beleza desta existência terrena quando aprendemos a viver alimentando as energias positivas dos carinhos e do puro e sincero afeto daqueles que se aproximam de nós!!
Estou tendo, neste momento, a certeza de que o infortúnio e a fatalidade que neste momento nos atingem existem para colocar à prova o que aprendemos contigo, para que possamos avaliar o grau de nossa fortaleza espiritual, a magnitude de nossa fé e perseverança.
Salve Deus! Obrigado, meu Pai! Obrigado, grandiosos Mensageiros de Jesus! Obrigado, querida Mãe Clarividente!...
Com carinho e muita saudade, teu filho Trino Regente Triada TUMARÃ, Mestre José Carlos.
Salve Deus, meus irmãos e meus mestres! Que essa comemoração seja sempre presente nas atividades de nossa Doutrina, e que estes que chegaram e não tiveram a oportunidade feliz de conhecer-te neste mundo físico, querida Mãe, possam compreender tudo o que nós estamos fazendo para manter tua memória viva.
Rogamos a Deus que possamos estar junto a ti até o final dos tempos, com muito amor, humildade e tolerância.
Salve Deus! Trino Triada Tumarã, Mestre José Carlos – Vale do Amanhecer, 25 de outubro de 2008
15 de novembro de 1985: NOSSA MÃE PARTIU!...
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